ARtGENéTICA contra a discriminação

Descobri o JR há vários anos e sempre acompanhei com curiosidade seus projetos. Quando ele trabalhou em "The Standing March", por ocasião da COP21, decidi começar o terceiro ano divulgando o seu trabalho. Isso serviu para introduzir o ano letivo de ciências da vida e da Terra (SVT) falando sobre desenvolvimento sustentável, mostrar aos alunos que podemos falar de arte em ciências e também introduzir minha aula de genética observando os seres humanos com suas semelhanças e diferenças. Desde então, JR está sempre presente em minha introdução, embora nem sempre com o mesmo projeto. Enquanto procurava meu material introdutório, descobri o projeto Inside Out, que achei incrível!

Este ano, ousei dar o primeiro passo. Perguntei aos meus alunos o que eles achavam dos retratos apresentados e se gostariam de participar de um projeto assim, sem revelar meus planos. O entusiasmo deles me motivou e entrei em contato com a equipe, que me explicou tudo. Trabalhamos muito e o curso mostrou a eles, por meio do estudo da genética e da evolução, o quanto somos todos semelhantes e intrinsecamente iguais. Eles também descobriram que a diversidade dentro de uma espécie a enriquece. Isso lhes deu argumentos sólidos para combater a discriminação!

Consegui usar tudo isso para construir o significado da ação com eles e propô-la a eles. Eles adoraram! Paralelamente, eles trabalharam com arte de rua nas aulas de artes visuais com Sylviane e em inglês com Clothilde. Estávamos prontos!

Identifiquei os voluntários e por sorte, tivemos o suficiente. Cerca de metade de todos os alunos do terceiro ano da escola estava disposta a participar. Alguns estavam dispostos a ajudar, mas não a serem expostos. Não é fácil ter seu retrato em um formato grande nas ruas! As famílias concordaram em participar após uma apresentação do projeto, e a Prefeitura nos concedeu uma parede em frente à escola, no ginásio, após uma entrevista comigo. Eu tinha criado uma montagem de fotos para mostrar uma ideia do resultado final.

O FSE (Foyer Socio-Éducatif) da escola nos permitiu comprar o material de colagem e o professor de tecnologia preparou o cromossomo, que serviu como elo entre nossas fotografias, usando a impressora 3D da escola.

Finalmente, pude preparar a sessão de fotos com a ajuda de Christine, Sébastien e Aurélien.

Junto aos alunos decidimos a disposição dos retratos, que eles descobriram no dia da instalação. Algumas fotos tiveram o cromossomo cortado devido ao enquadramento, então o imprimimos e colamos nas fotos afetadas. Pascal preparou o material para nós e com a ajuda de Nathalie e Jean-Philippe, fizemos a colagem sob um sol escaldante (foi difícil porque a cola secava rapidamente!) em uma tarde.

A imprensa local foi informada e veio fazer uma matéria. A Prefeitura também nos visitou para oferecer incentivo e parabéns!

Na noite da colagem e na manhã seguinte, todos vieram ver essa obra gigantesca! Os alunos estavam muito felizes!

Finalizamos a ação três dias depois, com a ajuda de Ludo, instalando o título e um código QR que leva à página do projeto. Adicionamos o slogan "Tous égaux" (traduzido como "Todos iguais") bem como em Braille com um mosaico para que a mensagem também fosse acessível aos deficientes visuais.

Como os primeiros sinais de danos ocorreram, também adicionamos algumas colagens aos retratos danificados, depois de discutir novamente com os alunos o destino da obra e o poder da mensagem.

À noite, apresentamos o projeto durante os dias de portas abertas da escola! Foi uma alegria para todos!

O link da ação e o link para fazer uma doação foram então compartilhados com toda a comunidade escolar quando a página da ação foi concluída.

Um enorme obrigado a todos que tornaram este projeto possível!

Obrigado, Inside Out, por sua iniciativa e apoio!